Retrofit garante atualização de fachadas e valorização do condomínio

Você já ouviu falar em retrofit? O conceito se aplica a processos que visam ao remodelamento e adaptação de novas construções sem, no entanto, abrir mão das bases estruturais já existentes, a exemplo das fachadas de prédios residenciais ou corporativos.

O retrofit é a renovação do imóvel, uma repaginada, por assim dizer. Surgiu na Europa, por conta da alta quantidade de imóveis antigos que existem e necessitam de reparos e adequações para a atualidade. A maioria dos retrofits realizados são feitos em relação às fachadas, ao atributo visual do imóvel, mas a troca de uma cobertura ou a instalação de elevadores também são exemplos disso. O retrofit em condomínios é uma boa alternativa aos imóveis que constituem o déficit habitacional do Brasil, que é cerca de 8% dos domicílios do país, de acordo com a fundação João Pinheiro, e é também a garantia da valorização no mercado imobiliário, explica a arquiteta Kimberly Pinheiro, ela nos esclarece e informa como podemos embelezar e atualizar fachadas condominiais, buscando uma maior valorização do imóvel.

 Existem diferenças entre o restauro e o retrofit que não devem ser confundidas. No caso o retrofit vem como uma alteração em imóveis convencionais e preza, na maioria das vezes, por uma mudança total de estilo. Já o restauro é uma técnica de reforma e conservação de imóveis que são patrimônios históricos, com técnicas profissionais mais cuidadosas e específicas, que possam enaltecer o que ainda exista da edificação, em vínculo ou não de uma construção nova.

O retrofit vem como uma ideia de atualizar o imóvel e trazer as adaptações necessárias sem realmente precisar apagar o antigo. Com isso, a valorização do imóvel fica garantida pela revitalização e, com um devido planejamento, pode representar custos bem menores de execução do que uma demolição. Exemplo disso são as antigas fábricas em Nova Iorque que foram transformadas em lofts. Questões de automatização, renovação de elétrica e hidráulica também são consideradas neste âmbito e também aumentam a relevância do imóvel no mercado.

 As leis e normas técnicas vêm se atualizando no Brasil e levam os administradores prediais a estarem sempre estudando como estar em conformidade com as leis. O retrofit é uma ótima estratégia para adequar os imóveis ou inserir nestes, as questões de segurança e desenho universal, como rampas de acesso ou rotas de fuga em casos de incêndio; com a devida avaliação profissional, pode ser necessária uma intervenção menor do que se espera e mais relevante à estética do imóvel, agregando mais valor ao mesmo.

Para realizar um retrofit, é necessário um profissional responsável, arquiteto ou engenheiro que forneça todo apoio técnico, não somente durante o projeto, mas durante a execução, que emita o documento de responsabilidade técnica, o RRT ou ART. “Cada alteração deve ser calculada e ter seus riscos avaliados, qualquer alteração impensada pode ser perigosa para a estrutura existente ou ser inviabilizada por um projeto deficiente de informações. Por mais que o grau de intervenção seja leve, o profissional da área existe, nesse sentido, para avaliar custos, processos e exequibilidade, realizando o retrofit com a garantia de segurança e ótimos resultados” explica a arquiteta Kimberly Pinheiro.