Garagens com pontos de recarga para carros elétricos: como investir?

Estudos apontam que, até 2040, pelo menos 55% dos carros usados no Brasil serão elétricos.

Com o aumento do uso dos carros elétricos, haverá também o aumento da necessidade de pontos de recarga para esses veículos, sobretudo nos condomínios residenciais.

De acordo com Júlio César Guimarães, síndico profissional em São Paulo, é possível estimar que houve um aumento significativo nos últimos três anos na instalação de estações de recarga de veículos elétricos em condomínios paulistanos. No Brasil, o mercado de veículos elétricos ainda está em crescimento.

A instalação de pontos de recarga em condomínios oferece a recarga mais acessível para os moradores, reduzindo a necessidade de procurar postos de recarga públicos ou empresas privadas.

Outro benefício é a conveniência. Os moradores podem carregar seus veículos durante a noite, enquanto dormem, o que é prático e eficiente. Além disso, a instalação de pontos de recarga em condomínios pode aumentar o valor das propriedades, tornando-as mais atraentes para compradores e inquilinos.

Júlio César Guimarães detalhou que o custo para eletrificar a vaga de garagem em um condomínio varia de acordo com as particularidades de cada projeto. “Existem duas possibilidades: o eletroposto, que são as vagas fixas rotativas para uso coletivo, e as tomadas inteligentes, que é instalada na própria vaga do morador, mas o ideal é que a vaga seja fixa.

A parte mais cara da implementação do projeto são os cabos. De acordo com Júlio César Guimarães, o custo de instalação médio, por ponto de recarga, varia de R$ 8 mil a R$ 10 mil, considerado o eletroposto. No caso das vagas de recarga chamadas ultra rápidas, o investimento será a partir de R$ 150 mil, até R$ 800 mil, a depender da distância da estação de recarga do quadro elétrico.

“O uso das tomadas inteligentes por vagas requer um sistema de balanceamento da energia para que não haja uma sobrecarga na cabine primária do condomínio. Para instalação de qualquer um dos modelos, é necessário um laudo de sustentabilidade, sinalizando o pico de consumo de energia elétrica do condomínio e a disponibilidade que a concessionária entrega, essa diferença dará um delta, que é a viabilidade de carregamento simultâneo dentro do condomínio. A partir desse cálculo você consegue dimensionar a quantidade de vagas de recarga”, detalhou o síndico.