Todo condomínio residencial vive ou já viveu a experiência de ter a privacidade de um morador exposta aos demais vizinhos, é a famosa “fofoca”.
Se antes as fofocas passavam de boca em boca, agora ganhou um meio mais moderno e eficaz de propagação: o celular. Com as redes sociais, ficou mais fácil disseminar esse tipo de conteúdo, com o agravante de se poder agregar fotos, áudios e vídeos. A prática de falar da vida alheia é reprovável e, sempre que possível deve ser repreendida. Dentro dos condomínios, excepcionalmente, ela deve ser especialmente combatida junto aos funcionários, sobretudo os porteiros.
Esses profissionais, devido à função que desempenham, têm um contato próximo com a intimidade de cada morador: recebem correspondências, encomendas, recepcionam visitantes, sabem a hora que os moradores saem e chegam de casa e como estão. Ou seja, são os olhos e os ouvidos do condomínio. Portanto, uma característica fundamental de um bom porteiro é, sem dúvidas, a discrição. O porteiro deve manter uma ética de não compartilhar com ninguém, nem funcionário, nem morador, as informações acerca da vida privada de quem vive no condomínio. O sigilo faz parte do exercício da sua atividade e isso deve ser reforçado por meio de treinamentos, sempre que possível.
Os moradores, por outro lado, devem fazer sua parte evitando conversas paralelas com os funcionários do condomínio. Não é proibido ser cordial ou amigável, mas conversas paralelas em horário de serviço devem ser evitadas, sobretudo se o assunto em questão for para tratar da vida alheia.
Passando para o ambiente virtual, em se tratando dos aplicativos de conversa a exemplo do Whatsapp, tão difundidos atualmente, é também recomendável que os assuntos paralelos sejam abolidos do grupo do condomínio. Conversas que não tenham como temática exclusiva o condomínio, devem ser censuradas pelo moderador.
É fato que comentários maldosos às vezes são proferidos despretensiosamente, sem a intenção de ferir, apenas por divertimento. Porém, as pessoas precisam ser responsáveis por aquilo que falam e saber que o que é dito pode prejudicar alguém. Então, se todos se comprometerem em contribuir para um ambiente coletivo menos tóxico, mais amistoso, com menos fofoca, todos têm a ganhar com a boa convivência.