Ter boa intenção nem sempre é suficiente para ser uma boa opção para ocupar o papel de síndico. O cargo exige muito mais.
Além do bom trato e convivência pacífica com demais condôminos e funcionários, o candidato a gestor deve apresentar características operacionais que o qualifiquem para a administração seja para mandato de um ou dois anos, a depender das regras do condomínio.
A camaradagem e a amizade não podem ser critérios de escolha para a eleição do síndico. Um bom ponto de partida é procurar saber se a pessoa que coloca o nome à disposição já possui alguma experiência prévia com gestão, preferencialmente de um condomínio, mas já ter comandado um estabelecimento comercial, por exemplo, pode ser de grande ajuda, uma vez que já estará familiarizado com alguns procedimentos.
Em segundo lugar, deve-se observar se o candidato tem conhecimento dos problemas e necessidades do condomínio. Nesse quesito, moradores mais antigos têm alguma vantagem pelo fator tempo, porém, novos condôminos não devem ser descartados de imediato. É necessário dar a oportunidade de todos demonstrarem suas experiências e interesses, para se decidir quem pode agregar mais conteúdo.
Um bom síndico tem pé no chão e trabalha sem falsas expectativas. Todas as grandes promessas de ótimos benefícios, redução drástica de gastos, resolução imediata de problemas antigos são pontos para serem observados com cautela e um pouco de desconfiança. Nenhum síndico faz milagre do dia para a noite, então é bom prestar atenção se o candidato tem planejamentos e cronogramas para alcançar metas viáveis.
Além das qualidades técnicas, o síndico deve ser um agente social conciliador. Em sua gestão, muitas vezes precisará mediar conflitos, discussões, entraves e dissabores entre condôminos. A capacidade de diplomacia e de gerenciar crises é fundamental para o papel de síndico, portanto é impossível que um morador antissocial consiga levar adiante um bom mandato.
Se entre os candidatos propostos há algum que pleiteia a reeleição ou já foi síndico em alguma outra oportunidade, a avaliação deve ser ainda mais criteriosa, uma vez que além da análise do “currículo”, deve-se analisar também as experiências de administrações passadas e verificar se foram proveitosas e se o candidato tem capacidade para contribuir mais.