Conservação da piscina e seus equipamentos é fundamental para evitar acidentes durante o verão
A chegada do verão é o marco para a temporada de uso mais intenso da piscina e outras áreas de lazer do condomínio. Isso requer vigilância e cuidados redobrados para assegurar o bom estado e funcionamento dos equipamentos, evitando possíveis acidentes que coloquem em risco a vida dos usuários, sobretudo em se tratando de crianças.
Em 2016, um condomínio de Caldas Novas (GO) foi condenado, juntamente à seguradora contratada por ele, a indenizar, solidariamente, os pais, o irmão e a avó do menor que foi sugado pelo ralo da piscina. O total da indenização foi fixado em R$ 235 mil, mas a perda causada é irreparável, uma vez que a criança vitimada pelo acidente veio a óbito.
A situação ocorreu por volta das 11h30, enquanto a criança de 7 anos brincava na piscina do condomínio em companhia do irmão e da avó, quando, após um mergulho, teve o braço sugado e preso por um dos ralos de sucção da piscina. A avó solicitou ajuda de terceiros que estavam por perto, mas mesmo após o desligamento da bomba de sucção, tiveram muita dificuldade de tirar a criança do fundo da piscina, o que só foi possível após cerca de 10 minutos. Inconsciente, a criança foi levada ao hospital, vindo a falecer em razão do afogamento.
Embora trágico, o desfecho desse tipo de acidente não é incomum. Neste caso foi um menino que teve o braço sugado e preso ao ralo, mas muitos casos são com as meninas que tem seus cabelos sugados e enroscados impossibilitando o socorro imediato. Centenas de casos como esse são registrados anualmente em condomínios no Brasil, o que faz necessário um reforço nos alertas para os cuidados. Uma das falhas é o superdimensionamento, ou seja, colocar ralos e bombas maiores e mais potentes que o indicado para o tamanho da piscina. Muitas pessoas fazem isso para poupar tempo na hora da limpeza, mas as consequências de colocar um ralo com uma super sucção podem ser fatais.
Outro tipo de acidente comum em piscinas se dá por contato da pele com falhas ou rachaduras no revestimento interno. Azulejos e ladrilhos descolados ou quebrados devem ser prontamente reparados ou podem provocar cortes profundos e potencialmente mortíferos. O conserto não é necessariamente complicado. Muita gente desconhece o fato de que ele pode ser feito por um profissional mergulhando na água, sem precisar esvaziar a piscina.
Além dos reparos na estrutura física, outra questão urgente e fundamental é educar os usuários, conscientizando do uso adequado da piscina e equipamentos como cascatas, escorregadores e escadas. Além disso, deve-se proibir o acesso a esse ambiente por crianças desacompanhadas por um adulto responsável. A prevenção e a vigilância são as condutas mais adequadas para evitar perdas humanas irreversíveis.