Morar em condomínio requer bom senso uma vez que compartilhar espaços, às vezes, pode gerar muitos conflitos, principalmente quando um morador se sente invadido ou lesado por outro.
Para se viver bem é necessário, além do bom senso para respeitar o próximo, também uma boa dose de paciência para ser flexível quando preciso e saber relevar o que desagrada, em algumas ocasiões. Você sabe quais são os principais pontos de conflito entre moradores? Listamos 7 motivos que comumente rompem a paz entre condôminos, mas o síndico é peça fundamental na busca da melhor convivência entre condôminos:
1 – Barulho
Esse é uma unanimidade em todos os condomínios, pois costuma ser a principal queixa. Seja em áreas comuns a exemplo do salão de festas ou dentro do apartamento, o barulho incomoda e é motivo de brigas, muitas delas com desfecho trágico, infelizmente.
2 – Inadimplência
A falta de pagamento por parte de uns onera o orçamento de outros. Isso porque o “buraco” deixado no orçamento ordinário do condomínio pelos inadimplentes precisa ser coberto, uma vez que há compromissos mensais que não podem ser cortados, como energia, água, pagamento de funcionários.
3 – Animais
A presença de animais domésticos como cães, gatos e até algumas aves gera conflitos. As principais queixas são a sujeira e os ruídos provocados pelos PETs ou o risco que alguns podem oferecer à saúde coletiva. Criar animais em condomínio não é um problema, desde que seus donos cuidem para que não incomodem os vizinhos.
4 – Lixo
O descarte do lixo também é um dos frequentes motivos de discórdia entre moradores. Alguns questionam a obrigatoriedade da coleta seletiva, outros depositam seus resíduos em locais inapropriados e despertam a ira dos vizinhos.
5 – Garagem
A disputa por espaços na garagem é também constante motivo de brigas. Quando há vagas demarcadas para cada condômino é um problema menos frequente, mas quando as vagas são rotativas esse é um dos principais pontos de conflito entre vizinhos.
6 – Espaços coletivos
O uso de ambientes e equipamentos coletivos como: salão de festas e de jogos, espaço gourmet, churrasqueira, academia, brinquedoteca, dentre outros, pode ser razão para atritos. As principais queixas são sobre o mau uso das dependências ou choques nas datas reservadas para o uso.
7 – Crianças
O problema não é exatamente a presença delas, mas o que elas podem fazer de errado no condomínio: brincadeiras em locais inapropriados, ocupar os elevadores, sujeira, danificar bens alheios como carros e barulho são alguns exemplos.
Quando o conflito já existe, há três soluções básicas: negociação, mediação e arbitragem. Muitas vezes o síndico deverá assumir o papel de um mediador de conflitos, ouvindo os dois lados, sendo imparcial e neutro, identificando as necessidades de cada um, contornando discussões em um círculo vicioso e quando as partes chegam a um acordo não é papel do mediador discordar, mesmo que em sua opinião a solução poderia ter sido outra. Promover um clima cordial e estimular a colaboração entre as partes ajuda na busca de soluções.
Temos tanto para aprender e evoluir na convivência com o outro, se conflitos surgem nesta pequena coletividade e se não somos capazes de solucioná-los, o que deixamos para a vida em sociedade?
Para refletir: Que bom seria se todos fossemos hábeis em ouvir e entender, vivêssemos em um lugar em que respeitássemos uns aos outros, celebrássemos nossas diferenças e cuidássemos das feridas uns dos outros, um lugar em que todos estariam comprometidos a lutar juntos — em vez de lutarem uns contra os outros. (Adaptado de Dietrich Bonhoeffer)