Muito popular na arquitetura residencial há décadas, as pastilhas ainda constituem a opção mais procurada para cobrir a fachada de edifícios. Os revestimentos cerâmicos são muito procurados devido a sua longa durabilidade e pouca manutenção, em comparação a outras soluções, como pinturas ou argamassas decorativas. Mas fique alerta, apesar de resistente, o revestimento também requer cuidados periódicos para preservar seus atributos
O arquiteto Ítalo Fernandes explica que por ser um grande mercado, as empresas criaram linhas específicas para fachadas, com características técnicas adequadas ao processo de assentamento. A cartela de cores também ganhou diversidade, variando dos tons neutros a cores primárias – vermelho, amarelo e azul – até placas com variações de tom sobre tom. “As dimensões também são diversas. Dependendo do fabricante, as placas variam de formato 10×10 cm, até 5×5 cm e 7,5×7,5 cm. As peças vêm em conjunto para formar uma malha maior de 30×30 cm, mais fácil de manusear na aplicação. As tendências para novos edifícios é utilizar cores em tom marrom, marfim, bege e branco, visto que representam as mesmas nuances das pedras naturais, propondo elegância e sofisticação. Outras variantes são os tons de verde e azul. A dica é se apropriar do tom sobre tom”, orienta Fernandes, sócio do escritório FND Arquitetos.
Manutenção – As fachadas revestidas com placas cerâmicas devem estar sempre em dia com a manutenção, seja no processo de limpeza ou na detecção de algum eventual problema. Segundo os fabricantes, devem ser limpas a cada cinco anos aproximadamente, com produtos neutros e sempre por uma equipe especializada.
O arquiteto ressalta que as manutenções são fundamentais para preservar as características originais do revestimento. “Vale lembrar que os edifícios estão submetidos a contextos urbanos onde a dilatação térmica, umidade, ação dos ventos e vibrações advindas do trânsito ou obras próximas são fatores que agridem os revestimentos cerâmicos”, alerta.
O cuidado na instalação também é determinante na vida útil do produto, explica Ítalo. “Fatores como qualidade de mão de obra e do material especificado fazem surgir problemas, como o caso do descolamento das placas e a existência de fungos nos rejuntes, que prejudicam a estética geral do edifício. É comum perceber de longe a diferença de cor entre os rejuntes, o que dá ao condomínio um aspecto descuidado. Isso ocorre por conta da incidência de umidade”. A dica é escolher rejuntes impermeáveis e placas cerâmicas específicas para fachadas.
Deslocamento – As causas de deslocamento podem ser variáveis, mas estão relacionadas ao processo de preparação da parede suporte, aplicação e manuseio inadequado da argamassa colante, ou até a especificação errada do material cerâmico (as placas devem ter índice de absorção inferior a 6%, ter resistência a umidade e aos raios ultravioletas).