Os acidentes de origem elétrica vêm crescendo desde 2013, segundo estudo da Abracopel em 2017 ocorreram 451 incêndios por curtos-circuitos em todo o Brasil, o número de morte por acidentes com eletricidade chega a 702. Só no estado de São Paulo foram 62 incêndios que causaram mortes.
Os acidentes elétricos tem como uma de suas principais causas o excesso de equipamentos numa mesma tomada, instalações elétricas antigas, falta de manutenção, equipamentos eletrônicos com maior consumo.
Podemos citar como exemplo de incêndios recentes que infelizmente em alguns deles pessoas perderam suas vidas o caso do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, o Museu Nacional do Brasil no Rio de Janeiro, a Catedral de Notre-Dame na França e o Edifício Wilton Paes de Almeida no Largo do Paissandu.
Quando falamos de acidentes com descargas atmosféricas, segundo o Elat, o Brasil é o lugar onde mais pessoas morrem devido a acidentes com raios, uma média de 110 a 130 mortes por ano. Dados do Inpe apontam que entre os anos de 2000 a 2017 tivemos 2044 mortes por descargas, cerca de 370 mortes aconteceram dentro das casas e apartamentos. Por razões geográficas, o Brasil é também, campeão mundial em incidência de raios com aproximadamente 77,8 milhões de descargas por ano.
Dentre as principais consequências atribuídas a queda de um raio podemos destacar:
– Choque elétrico em pessoas e animais enquanto utilizam equipamentos eletrônicos ligados a tomadas como secador de cabelos, celulares no carregador, aparelhos de telefone fixo em uso entre outros;
– Queima de equipamentos como placa do elevador, portões elétricos, câmeras de segurança, eletrônicos e eletrodomésticos ligados na tomada no momento da descarga;
– Danos a estrutura da edificação: sem um isolamento correto, um raio poderia romper com uma explosão, a alvenaria do prédio, derrubando uma parte da estrutura.
Para que as edificações diminuam os riscos e até mesmo eliminem esses acidentes é de extrema importância manter as manutenções periódicas e as instalações atualizadas em conformidade com a legislação vigente. Quando as edificações possuem projetos de instalações elétricas e de para raio predefinidos que respeitem as normas, é possível diminuir consideravelmente os riscos de acidentes e auxiliar as manutenções periódicas.
O projeto elétrico e de para raio abrange normalmente um levantamento de todos os equipamentos, planta da edificação, localização e identificação dos pontos de tomadas e interruptores, quadros elétricos e dimensionamento de cabos a serem utilizados na instalação (fases, neutro, terra), sistema de captação dos raios na cobertura, instalação de descidas pela estrutura para o caminho que o raio tem que percorrer e aterramento para escoamento do raio. Com ele, o síndico e os condôminos terão a certeza de que poderão utilizar de forma segura todos os equipamentos elétricos e eletrônicos de seu condomínio e apartamentos sem medo de que ocorra algum problema com sua rede elétrica.
Contrate profissionais qualificados com referências que oferecem o projeto e a manutenção da parte elétrica e assim terão garantido aos moradores e a estrutura do condomínio qualidade e a segurança.
Theresa Gabriela Pardi Walderrama Valduga
Eng eletricista e de segurança do trabalho
Instrutora do Senai