Como quase tudo na vida, morar em condomínio tem seu ônus e seu bônus. Se por um lado ganhamos várias vantagens com a disponibilização de áreas de lazer, comodidades, por outro lado, é necessário também arcar com uma despesa a mais ao fim do mês: a taxa condominial.
A taxa condominial é o valor pago pelas unidades residenciais a partir do rateio das despesas ordinárias do condomínio, ou seja, aquelas que já são esperadas mensalmente – água, energia, coleta de lixo, folha de pagamento de funcionários, contratos de manutenções.
Nesse valor também é incluído um percentual que vai para o fundo de reserva do condomínio, com a finalidade de manter um caixa para situações de emergência ou imprevistas, bem como investimento em melhorias para o próprio prédio no futuro. A decisão sobre a modalidade de pagamento – se esse valor é fixo ou flutua de acordo com as despesas do condomínio em cada mês – está prevista em cada convenção.
Múltiplos fatores influenciam na determinação do valor a ser pago. “O principal fator determinante do valor do condomínio é a quantidade de condôminos que dividem a conta do conjunto de despesas do prédio. Assim quanto mais apartamentos o empreendimento tiver, menor tende a ser o valor da cota paga pelos moradores. As diferenças se explicam, pelo perfil dos empreendimentos, quantidade de funcionários, gastos com salários e os valores de contratos de manutenção e conservação”, explica Arbex.
Sendo fixo ou variável, o valor da taxa condominial com frequência é um motivo de críticas para quem o paga. Mas como é possível reduzi-lo? Trata-se de uma tarefa bastante complexa, uma vez que o condomínio não é uma empresa com alto capital de giro, ele possui despesas relativamente previsíveis e uma receita limitada.
Para começarmos precisamos ter em mente uma equação básica, a qual nos demonstra que a taxa é o resultado de duas variáveis: as despesas a serem pagas e a receita a ser recolhida. Logo, se desejamos pagar menor taxa de condomínio, é necessário reduzir a primeira variável e aumentar a segunda.
Inicialmente, algumas medidas simples podem ser pensadas, tais como a troca de todas as lâmpadas por versões mais econômicas e com sensor de presença, diminuindo gastos com a iluminação do edifício. Outro ponto é a individualização de água, quando possível, deixando a carga de cada unidade o pagamento do seu próprio consumo. Também é possível pensar na redução de funcionários e substituição por porteiros remotos ou empresas terceirizadas.
Para aumentar a receita podem ser pensadas algumas alternativas: aluguel de cobertura para antenas, venda de material reciclado ou até de óleo de cozinha. Essas são medidas que podem exercer um impacto final no rateio de despesas do condomínio, reduzindo a taxa final.