A primeira impressão é a que fica. O ditado popular pode ser aplicado não apenas a pessoas, mas também a lugares.
No caso do condomínio, o hall ou recepção é o primeiro ambiente com o qual o recém-chegado se depara, portanto podemos dizer que se trata do “cartão de visitas” do condomínio.
Seja ele corporativo, comercial ou residencial, o condomínio é valorizado quando essa área se apresenta esteticamente agradável e aconchegante. E ao contrário do que muitos pensam, não é preciso gastar fortunas para decorar esse ambiente, é o que explica a arquiteta Mariana Fernandes.
“É possível brincar com cores e texturas e criar um espaço agradável para o visitante, o qual transmite uma boa imagem do condomínio e agrega valor a ele. Uma dica é o uso de papéis de parede para quebrar a monotonia e dar destaque a uma parede especial”, afirma. A arquiteta assegura que o material é durável, de fácil instalação e também remoção e pode ser usado no hall do prédio.
“Ainda existe um certo mito de que o papel de parede é um artigo de luxo ou de difícil manutenção, mas a realidade atual é outra. Uma das queixas é que o papel causa mofo, o que não é verdade. O que acontece é de a parede já ser úmida e transferir mofo ao papel”, adverte Mariana. Estampas sutis e cores neutras como o cinza ou amarelo claro são indicadas para dialogar com o restante da mobília.
O uso de espelhos é outra dica valiosa. Eles ampliam o ambiente, além de servir para o visitante que passa pelo hall checar sua própria imagem. Não basta instalar o espelho, é preciso também fazer sua manutenção, limpando-os sempre para evitar manchas, oxidações e arranhões.
O hall do condomínio pode servir em algumas situações de sala de espera, portanto é interessante que haja locais para se sentar: sofás ou poltronas, preferencialmente acompanhadas de um revisteiro para entreter a espera.
Para finalizar, a arquiteta faz uma observação sobre o bom senso na hora de decorar esse espaço. “É preciso ter em mente que se trata de um ambiente de uso coletivo, então não é aconselhável colocar peças de gosto muito particular como porta-retratos, quadros ou esculturas. Outro ponto delicado e um pouco polêmico em alguns condomínios é a colocação de imagens religiosas, como imagens católicas ou bíblias, uma vez que nem todos os condôminos seguem a mesma crença. A neutralidade deve prevalecer em todos os aspectos”, alerta a arquiteta