Entre as chamadas “pragas urbanas”, o rato é uma das mais preocupantes quando são causas de infestações no contexto dos condomínios, isso por que esses animais indesejáveis, além de transmitirem uma péssima imagem de sujeira, ainda podem causar danos estruturais, corroer móveis e fiações, além de serem vetores de doenças sérias.
No Estado do Rio Grande do Sul, devido as absurdas chuvas e enchentes já amplamente divulgadas os casos de leptospirose na população começaram a aparecer em grandes quantidades. Embora enchentes e chuvas intensas possam aumentar significativamente o risco de contaminação, a doença não se restringe apenas a esses eventos.
A leptospirose é uma doença infecciosa grave, causada pela bactéria Leptospira interrogans e que pode levar rapidamente à morte por ocorrência de hemorragias em órgãos internos. A contaminação dos seres humanos se dá por contato direto ou indireto com urina de ratos que possuem a bactéria em seus rins, o que também pode infectar ratos sadios e contribuir para o ciclo da doença. Desse modo, percebemos como é importante fazer o controle da proliferação destes animais nos ambientes urbanos para evitar o aumento nas notificações da doença.
Desratização – Assim como qualquer outro método de controle de pragas, o extermínio de ratos também deve ser executado apenas por empresas especializadas, com responsável técnico e registro validado pela Anvisa em dia. Também é interessante coletar – sempre que viável – junto a outros condomínios comentários e referências sobre as experiências obtidas, tanto em relação ao atendimento prestado como sobre o resultado em si, se foi considerado efetivo dentro das possibilidades.
A análise técnica irá definir se o procedimento de desratização terá finalidade curativa (já existem ratos e eles precisam ser exterminados) ou preventiva (não existem ratos ou esses já foram exterminados em procedimento anterior e agora só se deseja manter o prédio limpo e livre dos ratos). O profissional irá descobrir primeiramente qual a espécie que habita o prédio e quais os possíveis locais de ninhos e a partir daí se monta uma estratégia.
Sabendo a espécie de rato, sabe-se também quais as suas características e hábitos. Os mais comuns em zonas urbanas são os ratos pretos, os camundongos e as ratazanas. O combate é feito através de armadilhas e iscas. Há também a aplicação de produtos raticidas que garantem que os ratos mantenham distância, mas esse efeito é limitado, pois há um prazo de validade para a eficácia dessas substâncias. Por isso, as desratizações preventivas seguem sendo importantes mesmo após o extermínio total de uma infestação.
É válido fazer um apelo junto aos moradores em prol de mudança de hábitos, visto que más práticas como acúmulo de lixo, objetos sem uso, móveis velhos, caixas em espaços do condomínio como garagens, são um chamariz para todo tipo de praga urbana, pois oferece o abrigo ideal para ratos e outros tipos de animais se proliferarem.