Apesar das possibilidades ofertadas pelas portarias remotas, equipadas com câmeras de vídeo, catracas e portas com acesso por biometria, a presença física do porteiro ainda não foi deixada de lado nos prédios residenciais. Ao contrário disso, embora haja uma recente popularização dos equipamentos que substituem este profissional, há muitos condomínios que não abrem mão dele em troca da tecnologia. “Na verdade, o que se busca atualmente é um trabalho coordenado entre o porteiro aliado das tecnologias disponíveis”, comenta Aparecida Dias, gestora de relacionamento com o cliente em uma empresa que administra condomínios em Recife (PE). Segundo a profissional, a opção por portaria virtual geralmente é motivada por questões financeiras, visto que manter uma escala de funcionários na portaria demanda um custo considerável das receitas. “O que vemos na prática é que, em se tendo orçamento pra tal, os porteiros são mantidos e inclusive, quando o assunto é levado aos moradores, a maioria opina a favor de preservar a portaria presencial”, comenta Aparecida. Ela lembra que outro fator limitante é a dificuldade de algumas pessoas, principalmente idosos, têm em usar os recursos tecnológicos necessários para o modelo de portaria remota. “Também há de se considerar o bem-estar e o fato de que muita gente já associa o porteiro ao edifício, em alguns casos eles são tão antigos na função quanto o próprio condomínio e, portanto, conhecedor do imóvel e seus moradores”, acrescenta. Dias afirma que um “meio termo” encontrado por alguns condomínios, a fim de equilibrar as contas, é mesclar portaria presencial e virtual, montando uma escala em que haja porteiro físico apenas em um turno. “A escolha muda de acordo com o perfil do prédio: por exemplo, se os condôminos recebem muitas encomendas, a preferência será por ter um porteiro no turno diurno, já se o interesse é em oferecer mais segurança para quem chega à noite no edifício, opta-se pelo turno noturno”, explica. Os porteiros estão na linha de frente do condomínio e, quando bem treinados, são extremamente importantes para a segurança do prédio. É nesse ponto que deve entrar a coordenação deste profissional com as tecnologias: alarmes, circuito fechado de TV, portões, travas biométricas, bem como dominar protocolos de segurança ao receber encomendas, visitantes, prestadores de serviço. Dia do Porteiro – o dia 9 de junho foi escolhido pela Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores de Edifícios e Condomínios como a data oficial que celebra o “Dia do Porteiro”. Acredita-se que junho seja o mês dedicado a esta profissão, pois é também o mês de São Pedro, considerado o “porteiro do céu”. Seja por qual for o motivo, o Dia do Porteiro serve para lembrarmos a relevância deste profissional tão representativo dos condomínios de todo o Brasil, e fundamental para o pleno funcionamento predial.