ÁREA COMUM Por Cecília Lima

As mulheres hoje ocupam a dianteira na administração de milhares de condomínios Brasil afora

Muitas vezes conciliando essa tarefa com as obrigações de suas profissões fora do condomínio. Recentemente, uma pesquisa realizada pela Lello, administradora paulistana que gerencia 1,6 mil condomínios na capital paulista, demonstrou que a ocupação feminina é uma tendência crescente nos espaços de liderança do setor.

O número de mulheres que assumem o cargo de síndicos de condomínios residenciais na cidade de São Paulo cresceu 73,3% nos últimos cinco anos. Atualmente, 42% dos síndicos são do sexo feminino, contra 58% do sexo masculino. Em 2011 esse percentual era de 30%, segundo levantamento da Lello. Conclusão: embora elas ainda não constituam a maioria na função, o número de síndicas mulheres vem aumentando a cada ano.

Se, por um lado, a presença delas nos cargos de sindicância já não é mais novidade, pois vem crescendo e muito nas últimas décadas, o que atualmente pode ser tido como algo a se destacar é a escolha de funcionárias para funções tradicionalmente ocupadas por homens, como zeladoria e portaria.

A mudança nesse perfil ainda é tímida, raridade nos condomínios da cidade de São Paulo, o público feminino representa apenas 3,54% do total de porteiros dos condomínios residenciais. Mas a tendência, no entanto, é de crescimento do número de mulheres que ocupam as portarias dos prédios. Há dez anos, por exemplo, as mulheres eram cerca de 1,5% do total de porteiros de condomínios em São Paulo.

Pesquisa da Lello identificou que entre as porteiras, a maioria possui 1º grau completo – o que costuma ser uma exigência dos condomínios e uma boa notícia a ser celebrada: o salário é igual ao dos homens que exercem a função, valor médio de R$ 1.440 por mês. A idade média dessas funcionárias é de 26 anos.

Para Angélica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, a mudança se deve também ao fato de mais mulheres estarem se interessando pelo serviço em condomínios. Nos processos de seleção já se nota um aumento do número de mulheres que se candidatam para trabalhar em portarias, o que não ocorria no passado.

“No geral as mulheres possuem características que se encaixam perfeitamente para a função de porteiro. Elas são atentas, têm jogo de cintura e dão atenção aos moradores. Isso pode fazer a diferença”, pontua Angélica Arbex.

*Jornalista