Férias de verão, calor, sol e tempo livre para gastar com lazer: esse cenário combina com um banho de piscina. Por isso, as áreas de lazer dos condomínios costumam ficar lotadas nessa época do ano. Contudo, a atenção relacionada à segurança e uso adequado desses espaços – sobretudo as piscinas – é fundamental para garantir que os condôminos desfrutem do lazer sem riscos.
Um dos aspectos elementares a se tratar é em relação à limpeza da água. A manutenção deve ser seguida com rigor, caso contrário os banhistas podem adquirir doenças de pele frequentemente causada por fungos que também afetam as unhas, ficar com os cabelos danificados e até enfrentar casos de infecções intestinais, especialmente crianças, as quais facilmente ingerem água.
O verão é sabidamente a estação com maior demanda, porém a rotina de cuidados de uma piscina deve ser cumprida o ano inteiro, levando em conta a frequência do uso. Se a piscina recebe poucas pessoas por dia ou se fica movimentada o dia todo faz diferença na hora de planejar a manutenção, quantidade de produtos e a frequência da limpeza.
Em defesa da salubridade da piscina – que é um equipamento de uso coletivo do prédio – é válido fazer campanha pelo bom uso da mesma, seja por meio de cartazes ou informativos em cada apartamento. Deve-se atentar para algumas questões: jamais urinar na água (frisar isso principalmente com as crianças), evitar uso de produtos cosméticos oleosos, usar a ducha antes de entrar na piscina para retirar excesso de suor e cremes e evitar entrar na água quando estiver com alguma doença de pele, a exemplo de micoses.
Além dos aspectos relacionados à limpeza, é necessário estar vigilante quanto à segurança da piscina. Causadora de inúmeros acidentes fatais, sobretudo envolvendo crianças, a bomba de sucção deve estar funcionando de maneira correta. Muitas vezes, um desajuste faz com que a bomba sugue com muita força, atraindo para o ralo parte do corpo e, eventualmente, cabelos humanos, o que é extremamente perigoso.
Bordas e revestimentos devem ser vistoriados em busca de possíveis rachaduras e lascas que possam servir de superfície afiada, provocando cortes. As bordas devem ser recobertas preferencialmente com revestimentos antiderrapantes, a fim de evitar quedas e escorregamentos quando molhadas. O mesmo se aplica a brinquedos como tobogãs e outros.
Um levantamento divulgado pelo Núcleo de Trauma do Hospital Samaritano de São Paulo apontou um aumento de 25% no volume de acidentes domésticos registrados em hospitais no período de férias escolares. No tocante aos condomínios, o que mais está em foco em torno desse número é o uso da piscina. Portanto, é válido reforçar a atenção a ela, lembrando que, em caso de acidentes, sendo comprovada que a causa foi por negligência na manutenção do equipamento, o síndico pode ser responsabilizado.