Cartão de crédito: quais as vantagens e desvantagens?

Cartão de crédito: quais as vantagens e desvantagens?

Graças à tecnologia, hoje em dia podemos realizar compras, pagamentos, transações bancárias portando apenas um cartão. Esse pedacinho de plástico veio para facilitar muito a nossa vida, substituindo quantias de dinheiro em espécie, cheques e promissórias, o que proporcionou, sem dúvidas, maior praticidade e organização nas finanças.

 

O condomínio constitui uma entidade jurídica que tem direito a possuir conta bancária própria e, como tal, também possuir cartão bancário, seja ele de débito ou crédito. O mesmo vem com o nome do condomínio grafado e o do síndico subscrito, sendo necessária sua troca quando houver mudança no cargo de síndico.

 

Embora essa modalidade de gerenciar finanças já seja bastante corriqueira na rotina individual das pessoas, o seu uso para o condomínio ainda é questionado, sendo inclusive evitado por muitos.

 

Assim como todas as novidades advindas da tecnologia, o cartão de crédito também precisa ser avaliado mediante as vantagens que pode proporcionar e as desvantagens que dele podem decorrer. Porém, o fato determinante para seu uso será a demanda apresentada pelo condomínio e, claro, a anuência de seus membros, concordando ou discordando com tal prática.

 

A principal vantagem do cartão de crédito é poder comprar a prazo e parcelar o valor da compra em várias vezes, de preferência sem incidência de juros, isso diminui o impacto daquele pagamento vir todo em um único mês. Isso também se aplica aos casos em que o condomínio não dispõe do valor total da compra de uma só vez e pode “pedir emprestado” ao cartão. Outras vantagens são a possibilidade de reverter compras em pontos e de comprar diretamente a fornecedores em sites, que muitas vezes só aceitam esta forma de pagamento.

 

O cartão de crédito, quando utilizado com responsabilidade, pode ajudar a equilibrar e organizar as finanças do condomínio. Mas, então, quais seriam as desvantagens desse meio? O primeiro problema está em se gastar de um dinheiro o qual o condomínio não dispõe, pois funciona a termos de “empréstimo”. Um grande limite disponível no cartão pode transmitir uma ideia ilusória de que o condomínio pode gastar mais do que realmente dispõe.

 

Outra desvantagem são as penalidades que incorrem quando o pagamento não é realizado na data correta. Os juros incidentes costumam ser altos e o atraso nessa quitação pode gerar dívidas assombrosas. Como explicar isso aos condôminos? A despesa com taxas de manutenção e anuidade podem ser outra questão problemática para justificar.

 

Outro ponto questionável diz respeito à transparência no manuseio dele. Ao portar um cartão de crédito vinculado a seu nome, o síndico passa a exercer grande poder de mando no modo como usá-lo. Isso pode abrir brecha para usos ilegais.

 

Se o condomínio optar por utilizar o cartão de crédito, algumas dicas devem ser consideradas: 1) tente negociar isenção ou desconto de anuidade com o banco; 2) busque fazer compra sempre na data mais favorável do cartão (normalmente 40 dias antes do vencimento da fatura); 3) opte sempre por pagar a fatura integral e nunca o rotativo; 4) manipule um único cartão; 5) coloque a data de vencimento da fatura logo após o dia de maior rendimento do condomínio (ex.: quando recebe as taxas dos moradores).