Período de chuvas favorece aumento da Dengue

Período de chuvas favorece aumento da Dengue

Por Cecília Lima

 

A atual época do ano é tipicamente um período de chuvas em grande parte do Brasil e isso deve provocar algumas preocupações. Além de prejuízos materiais sobre estruturas físicas em edificações, há mais um alerta com o qual devemos estar atentos e que todo ano chamamos atenção: o aumento de doenças que tradicionalmente atingem pico nesses meses. Entre essas destacamos aquelas transmitidas por insetos – cuja proliferação é favorecida pelo clima úmido e quente -, especialmente da Dengue.

 

Desde que a epidemia do vírus da Dengue ressurgiu no país, na década de 1980, o recorde de mortes fora registrado em 2015. No entanto, em 2022 um novo recorde foi batido e a tendência é que em 2023 o número de óbitos cresça ainda mais. Por este motivo, o Ministério da Saúde realiza a campanha “Todo dia é dia de combater o mosquito”.

 

A campanha busca mobilizar a população brasileira no combate a criadouros do Aedes Aegypti, o transmissor não só da Dengue, mas também de outras arboviroses como a Zika e a Chikungunya. Ainda sem uma vacina pronta ou tratamento específico à disposição, o Ministério tenta utilizar a informação quanto aos meios de reconhecer a doença e preveni-la como principal arma para controlar a epidemia de Dengue.

 

Diagnóstico – Primeiramente, o reconhecimento dos sintomas da doença é importante para um cuidado precoce e para que o indivíduo fique vigilante caso evolua com piora. Os sintomas de Dengue, Chikungunya ou Zika são semelhantes, o que inclui febre de início abrupto juntamente com e dor de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, prostração, fraqueza, manchas vermelhas e coceira na pele, além de náuseas, vômitos. Ao surgimento dos primeiros sintomas, o doente deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

 

Prevenção – Sempre que um morador for notificado com Dengue no condomínio, é importante buscar focos de larvas do mosquito Aedes no perímetro do prédio, a fim de evitar novas contaminações. Mais que isso, o ideal é manter uma rotina de limpeza constante a fim de evitar que as pessoas adoeçam. Evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do mosquito vetor.

 

Como a maioria dos criadouros está em domicílios, a participação dos moradores é essencial para barrar o avanço da doença. Portanto, orientações devem ser repassadas à equipe de higienização e também aos condôminos, com o intuito de impedir manutenção de criadouros de mosquito.

 

Muitos condomínios, por sua estrutura privilegiada (altura), podem ajudar no combate ao mosquito. Ao verificar possíveis focos de mosquito em terrenos vizinhos, o síndico deve acionar a prefeitura de sua cidade ou qualquer órgão respectivo ao poder público local. Em Belo Horizonte o número para contato é o 156. Na Capital mineira o ano de 2016 foi o que apresentou o maior número de casos (154.513).

*Jornalista