Tempo de revisar o telhado do condomínio

Tempo de revisar o telhado do condomínio

Por Desirée Miranda

É verdade que estamos torcendo para que as chuvas caiam, pelo menos na Região Sudeste, o quanto antes. Mas e a manutenção do telhado do condomínio. Está em dia? A falta de manutenção dos telhados pode provocar infiltração no prédio, danificando as estruturas comuns e também das unidades autônomas.

De acordo com a administradora, Elisabeth Mellen, durante o período chuvoso aumenta o número de ocorrências de infiltrações. Ela explica que um dos problemas mais corriqueiros é o livre acesso de estranhos ao telhado do prédio. Instaladores de antenas ou pessoas que limpam a caixa d´água, por exemplo, muitas vezes tiram alguma telha do lugar ou podem provocar furos na calha. Essas pessoas não reportam os danos ao síndico, que só percebe a situação depois que os prejuízos acontecem.

Conservação – Para evitar os estragos, é fundamental que o síndico esteja em dia com a manutenção do telhado. Sobretudo antes do período de chuvas, é preciso contatar um profissional que faça uma vistoria no telhado e repare as avarias.

Segundo o proprietário da empresa Forte Carajás, Paulo Roberto Campos, a manutenção deve ser feita anualmente. Ele diz que quando fecha um contrato, se compromete a visitar o condomínio três vezes por ano depois de executado o serviço, e aí, orienta a que o síndico faça o contrato de manutenção. Paulo explica que é neste tipo de vistoria que os problemas nos telhados são detectados. “É muito comum entre um período de chuva e outro aparecerem furos na calha. São muito pequenos e só depois que limpamos a calha é que conseguimos ver”, diz ele.

A vistoria bem feita é aquela que além de limpar e visualizar os furos nas calhas verifica se os rufos estão bem afixados, para não correrem o risco de cair e averigua se os condutores verticais não estão entupidos. O profissional também não pode se esquecer de trocar as telhas e verificar se as peças de madeira que dão sustentação estão em boas condições, livres dos cupins, por exemplo. Além disso, é preciso garantir que a parede interna do telhado, chamada pratibanda, e a parede externa da caixa d´água não estão com o reboco solto. Caso contrário, a calha pode voltar a entupir e aí colocar a perder todo o trabalho de limpeza feito no telhado.

Responsabilidade – Em caso de infiltração, se o problema for causado por falta de manutenção do telhado, o condomínio deve arcar com os prejuízos causados aos apartamentos do último andar. Segundo Elisabeth Mellem, “é obrigação do condomínio ‘não deixar a bomba estourar’. Se estragar o apartamento do último andar, é obrigação do condomínio reparar”.

Já se a infiltração partir da cobertura, é o proprietário que deve ressarcir, se for o caso, os danos causados, além de providenciar os reparos. “São os próprios moradores que tomam conta. Se estiver infiltrando na unidade de baixo, o dono da cobertura deve se responsabilizar, porque o problema começou na área dele”, explica a administradora.

Ainda de acordo com Elisabeth, o ideal é que o síndico opte pela manutenção periódica do telhado e mantenha o controle sobre quem tem acesso ao telhado, de preferência mantendo-o trancado.

*Jornalista