Enquanto boa parte da população se encontra em quarentena, como forma de se evitar a transmissão do cornonavirus, a turma da limpeza e portaria tem desempenhado, nos condomínios, um papel comparável ao dos profissionais da saúde.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) as pessoas podem ser contaminadas das seguintes formas: através do espirro e tosse de alguém infectado, contato físico através de cumprimentos com as mãos, beijos e abraços e contato das mãos com superfícies e objetos que possam estar contaminados e que posteriormente, sejam levadas à boca, olhos e nariz.
Diante desse cenário, os funcionários responsáveis pela portaria e limpeza nos condomínios são peças-chave no processo de se evitar a disseminação da doença. Sendo assim, as ações devem começar pela portaria.
Porteiros – Nos condomínios com porteiros físicos a higienização deve começar pelos próprios funcionários. Segundo o diretor executivo da JB Conservadora, Jorge Jabur, a orientação principal é com a higiene das mãos. “Nossa orientação e que estamos divulgando com muita insistência, é que os funcionários lavem, com muita frequência, as mãos com água e sabão. Esse hábito deve ser constante junto com o distanciamento mínimo de um metro, das outras pessoas que passam pela portaria”. Outra recomendação é para que se tenha na portaria um kit de limpeza. “Muito tem se falado no álcool em gel, mas na falta do produto, outros podem atuar de forma satisfatória, como a água sanitária e os multiusos que também possuem água sanitária e cloro em sua composição. Eles são ideais para se fazer a higienização de objetos e materiais como: mesas, balcão, portas, maçanetas, interfones, monitores, teclados… tudo que se toque na portaria. Manter a portaria arejada também é fundamental” orienta Jabur.
Áreas comuns – Depois de cuidar da própria proteção, passa-se então para o controle da coletividade. Aqui já entra o pessoal da limpeza, da faxina. E o controle começa com a restrição às áreas comuns dos condomínios. Essa é uma decisão que deve ser tomada pelo síndico, juntamente com os condôminos (veja informações nos artigos de nossos colaboradores).
Como os porteiros, a prevenção começa com os cuidados pessoais. O profissional da limpeza deve usar os equipamentos de proteção individual (EPIs), usar camisas de mangas compridas e não dividir seus utensílios com ninguém e trabalhar sozinho.
Caso o condomínio tenha mais de um funcionário, estude flexibilizar ou alternar o horário deles. Outro detalhe, é muito comum o faxineiro ou faxineira, cruzar com moradores e bater um “papinho”. Este não é o momento para isso. Se for inevitável, mantenha uma distância mínima de segurança. Caso tenha que limpar alguma área e essa esteja ocupada por alguém, limpe outro local e depois volte.
Produtos – Os produtos que devem ser utilizados na limpeza, são aqueles a base de água sanitária. Segundo Jorge Jabur, deve-se usar produtos de procedência. “Tem que se trabalhar com produtos profissionais, específicos e que não agridam nem os profissionais e também as superfícies que serão tratadas. Daí a importância de saber trabalhar com a diluição correta desses produtos”.
Nesse momento, é hora de priorizar a higienização de superfícies de contato. Maçanetas, corrimãos, bebedouros, botoeiras de elevadores devem ser limpos várias vezes ao dia. Lembrando que os produtos multiuso a base de cloro ou água sanitária são os melhores nesses casos.
Outras áreas, de menor fluxo, não necessitam de tanta atenção nesse momento.
Ambientes que geralmente ficam fechados devem, depois de feita a limpeza, permanecer abertos para melhorar a ventilação do local.
Condomínios que não têm porteiros, devem dar uma atenção especial para a porta de entrada. Interfone e maçanetas devem ser limpos constantemente. Agindo assim, o condomínio dá um grande passo para evitar que o vírus se estabeleça no ambiente condominial e diminua a possibilidade de contágio entre funcionários, prestadores de serviços e moradores.
*Veja a entrevista completa com Jorge Jabur no ComorarCast disponível no Spotify