Cuidado com a dengue no condomínio

Cuidado com a dengue no condomínio

Por Cecília Lima

 

Aos poucos o Brasil vai controlando a grande pandemia de Covid-19, mas agora uma outra doença, desta vez uma velha conhecida nos noticiários, volta a preocupar as autoridades sanitárias: a dengue, que já se alastra por diversas regiões (inclusive por estados onde habitualmente não costumava progredir), com aumento progressivo de casos e óbitos.

 

Especialistas apontam que o movimento atual talvez possa ser justificado por uma possível subnotificação ocorrida durante os períodos críticos de pandemia de coronavírus. O fato é que, depois de dois anos em queda, os casos de dengue voltaram a subir em todo o Brasil, oficialmente. Segundo o Ministério da Saúde, o número de infectados subiu 85,6%, avaliando os meses de janeiro à primeira semana de abril do ano passado. Outro fator a considerar é o verão de 2022, que foi especialmente mais chuvoso e úmido em várias regiões.

 

Novidade – Em alguns locais, a doença é uma completa novidade, a exemplo do Rio Grande do Sul, estado que pouco registrou casos de dengue antes deste ano, em comparação a outros estados brasileiros. No dia 20/04, a Secretaria da Saúde anunciou que o RS está em alerta máximo contra a dengue, pois já são mais de 9 mil casos confirmados este ano ocorridos, afetando 177 municípios.

 

Na cidade de São Paulo, os casos de dengue cresceram 40% neste ano: de janeiro ao começo de abril de 2021, foram registrados 1.496 casos, ao passo que neste ano, no mesmo período, 2.105, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A situação se repete em várias outras capitais Brasil afora, infelizmente.

 

Tal cenário lança um alerta à população de modo a reforçar os cuidados preventivos. Assim como a Covid, a dengue também é causada por um vírus. No entanto, este não é transmitido de pessoa a pessoa, mas sim através da picada do mosquito Aedes aegypti. Logo, o combate a esse vetor é a principal forma de se prevenir a proliferação da virose.

 

Mobilização – É importante que as pessoas sejam informadas quanto aos sintomas (que diferem dos sintomas clássicos de Covid-19) e quando é necessário buscar assistência médica e, para tanto, é válido afixar material informativo em quadros de aviso. Isso servirá para que, nos condomínios, o síndico esteja atento ao surgimento de casos de dengue entre moradores e funcionários.

 

A partir disso, considerando que o indivíduo possa ter sido picado no condomínio, é importante buscar focos de larvas do mosquito Aedes no perímetro do prédio, a fim de evitar novas contaminações. Portanto, orientações devem ser repassadas à equipe de higienização e também aos condôminos, com o intuito de impedir manutenção de criadouros de mosquito:

 

  • Não acumular água em recipientes ou vasos de plantas;
  • Vasos sanitários do banheiro coletivo sempre com tampa fechada;
  • Cuidado para manter lixeiras tampadas e não acumular sacos de lixo;
  • Caixa d’água do prédio sempre limpas e fechadas;
  • Piscinas devem ser higienizadas regularmente (atenção especial às bordas) e, sempre que possível, cobertas com lona apropriada.

 

O fluxo das calhas deve ser observado para que não acumule água das chuvas.

*Jornalista