Além de energia e água, já é muito comum que condomínios residenciais sejam também abastecidos com gás, substituindo assim os antigos botijões. Ele pode ser fornecido na versão GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou Gás Natural (mais comum nos grandes centros urbanos)
Dispor de gás encanado traz certo conforto ao condômino, que passa a pagar por isso junto às demais contas rotineiras ao invés de ter de ficar repondo o produto sempre que acabar. Porém, a distribuição de gás no condomínio pode acarretar riscos para a estrutura do prédio e seus moradores, caso não seja feita a manutenção correta nas tubulações.
NBR – Os equipamentos usados para distribuição do gás de uso doméstico são certificados e devem atender aos requisitos mínimos estabelecidos na norma NBR 13.128 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A instalação de uma central de gás exige afastamento, ventilação e acesso adequado ao tamanho e à capacidade de armazenamento. As revendas ou distribuidoras de gás legalizadas sempre apresentarão um laudo ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinado por um engenheiro. O síndico deve exigir esse laudo.
Nesses casos, prevenir é bem melhor que remediar. Os principais riscos ao condomínio é o de explosão (quando há liberação de grande volume de gás) ou intoxicações de pessoas e animais domésticos (em caso de vazamentos menores). No Brasil, as distribuidoras de gás têm o dever legal de disponibilizar apoio, orientação e assistência técnica a todos os consumidores. Não há fiscalização dentro dos condomínios por parte do poder público, a menos que seja feita alguma denúncia. Normalmente, em caso de denúncia, a própria concessionária vai ao local e promove uma vistoria técnica.
O gás que é distribuído em condomínios possui odor característico justamente para facilitar a detecção de possíveis vazamentos. Portanto, o cheiro de gás é o principal alarme de que algo está errado. As primeiras providências mais aconselháveis são fechar as válvulas, ampliar a ventilação natural do local, desligar as fontes de ignição (como interruptores ou outros equipamentos eletroeletrônicos) e, logo em seguida, desocupar a unidade em questão até que seja feita uma vistoria.
Vazamentos – O síndico deve estar atento a qualquer aumento significativo da conta de gás, pois este pode ser um indício da existência de vazamento. Caso as contas sejam individualizadas, é importante que cada proprietário também esteja vigilante em relação a isso.
A manutenção da rede de distribuição de gás deve constar no calendário de vistorias do síndico. Fazer uma revisão geral de equipamentos e instalações nas áreas de distribuição da edificação, nos apartamentos, bem como vistoriar fogões e aquecedores uma vez ao ano, são as boas práticas para garantir a segurança dos condôminos. As tubulações merecem atenção. Se houver ferrugem aparente, contate uma empresa especializada em manutenção e faça os reparos recomendados.